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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Não usar a trela como ferramenta de treino.

No outro dia ia na rua e estava a reflectir sobre o papel da trela (é assim, donas cromas pensam nestas coisas em pleno passeio com o seu cão) e estava-me a tentar lembrar de situações em que as pessoas usam a trela como ferramenta de treino na rua. E pensei nas seguintes situações:
- Quando queremos mudar de sentido;
- Quando queremos entrar em casa ou no prédio;
- Quando não queremos que o cão coma alguma coisa que está no chão (no meu caso acontece muitas vezes com papéis);
- Quando paramos numa passadeira;
- Haverá muitas outras mas agora também não me recordo de mais nenhuma.
 
E com isto o que ensinamos ao cão? Nada mas toda a gente o faz com os seus cães, ou pelo menos a maioria. Então para evitar isto o que comecei a fazer:
 
- Quando queremos mudar de sentido;
Imaginando que eu vou a caminhar em frente e decido virar à esquerda, o Janay tem tendência a seguir em frente (visto que não é um cão com os olhos sempre postos na dona, sniff sniff) o que eu faço é: quando estou para virar, faço a curva mais larga e digo "janay para aqui", isto é, antecipo a mudança de direcção, o que faz com que o Janay veja para onde eu vou e vá junto a mim (vou tentar filmar isto);
 
- Quando queremos entrar em casa ou no prédio;
Aconteceu-me algumas vezes o Janay parar em frente ao prédio e eu em vez de o deixar vir voluntariamente, seguia caminho, o que o obrigava a entrar, o que passei a fazer foi deixar sempre uma recompensa para o fim do caminho e usá-la como prémio por ele entrar no prédio de livre vontade. Isto também é importante no caso do cão, por algum azar, fugir, e se o chamar-mos à porta de casa o cão não virá mas com estes pequenos treinos estamos a ensinar-lhe que se entrar no prédio tem uma bela recompensa à sua espera e assim não associa esta situação a algo negativo (fim do passeio).
 
- Quando não queremos que o cão coma alguma coisa que está no chão (no meu caso acontece muitas vezes com papéis);
"Se não os podes vencer, junta-te a eles". É o que acontece nesta situação, escusado será dizer que quando via um papel lá estava eu a puxar o Janay para junto de mim, agora não, quando vejo um papel deixo o Janay passar por ele e voilá: não o come. Não sei se é do meu cão mas eu acredito que quanto mais evitamos uma coisa mais o cão tem curiosidade em relação a ela. Passei a considerar os papeis como mais uma pedra da calçada!
 
- Quando paramos numa passadeira;
Quando parávamos numa passadeira o Janay parava comigo mas porque eu não dava folga à trela, agora quando vamos a atravessar uma estrada, atencipo-me e digo "espera" e o Janay pára. Isto é uma forma de eles perceberem que junto a uma passadeira têm que parar, enquanto que se não o ensinarmos a esperar o cão limitava-se a parar por imposição da trela.
 
Isto tudo para explicar o quê? Que a trela acaba por ser um meio facilitador mas na realidade não ensina nada ao cão. Um cão que é habituado a parar porque não lhe damos mais folga, a acompanhar o dono numa mudança de direcção porque o dono segue com a trela ou a não comer papéis na rua porque se puxa a trela, faz com que o cão, caso esteja sem trela, não obedeça em nenhuma destas situações. Sendo assim, com pequenas alterações conseguímos que num passeio o cão faça as coisas de forma voluntária e não por imposição de uma trela. 

1 comentário:

  1. gostei muito do post :)eu por acaso sempre fiz muito isso e o lenny nao fica condicionado á trela .. na passadeira, ele vai á minha frente mas assim que chega senta-se á frente da estrada e espera por mim e quando eu digo 'vamos' é que ele passa .. para entrar no prédio, ele senta-se e entra sempre depois de mim .. ja para descer as escadas é a mesma coisa porque tenho medo que ele apanhe uma porta aberta e vá .. assim ele espera por mim para descer mas a trela vai sempre laça e nunca influenciou .. no apanhar as coisas do chão eu uso o 'deixa' e quando ele agarra na mesma eu nao uso a trela vou ao pé dele e peço o 'larga'

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